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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

a ciber-arte


Apropriando-se das novas tecnologias, a ciber-arte vem construir uma nova lógica no processo artístico. Abusando da interatividade, da criação coletiva e dos meios virtuais, inaugura experimentações cujo interesse está na nova forma de se comunicar, mais do que no seu produto final.

A ciber-arte, ou arte eletrônica, tem como característica principal o uso da informática e dos novos meios de comunicação para criar novas possibilidades estéticas. Vai se constituir numa nova forma simbólica, que procura explorar a numerização, a spectralidade, o ciberespaço, a instantaneidade e a interatividade, quebrando a fronteira entre produtor, consumidor e editor.

A video-arte, a tecno-body-art, o multimídia, a robótica e esculturas virtuais, a arte holográfica e informática, a realidade virtual e, obviamente, a dança, o teatro e a música tecno-eletrônica, são as expressões mais importantes. A ciber-arte é uma arte interativa, dentro do paradigma digital da civilização do virtual.

Não se pode negar que, com a ascensão e o acesso cada vez mais facilitado às novas tecnologias, a ciber-arte tem ganhado seu lugar de destaque. Como é um processo de manipulação de tecnologias, o importante é a inovação da obra, para que não se resuma a uma simples transferência da tarefa artística ao computador. O mundo ao qual esse "ciber-artista" se refere, não é mais o mundo real dos fenômenos, mas o mundo virtual dos simulacros.



FONTE: "Arte eletrônica e cibercultura", André Lemos

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